
Praça da Liberdade
A Praça da Liberdade é considerada o coração da cidade do Porto. Localiza-se na freguesia de Santo Ildefonso.
Anteriormente o local mudou de nome pos inúmeras vezes sendo eles: Casal ou Lugar de Paio de Novais e Sítio ou Fonte da Arca durante o século XV; Lugar ou Praça da Natividade depois de 1682, devido à fonte lá construída nesse ano; Quinta, Campo ou Sítio das Hortas até 1711; Praça Nova das Hortas depois de 1711; Praça da Constituição 1820); Praça de D. Pedro IV (1833) e, ainda que por poucos dias, Praça da República. A designação presente — Praça da Liberdade — foi adotada em 27 de outubro de 1910. O nome é uma alusão ao sistema republicano de governo.
Propriedade da Sé do Porto, esta área, localizada no exterior das Muralhas Fernandinas que cercavam a cidade ,entre a Porta de Carros e a de Santo Elói, teve projetos de criação de uma praça pública em 1691 e em 1709 que não chegaram a concretizar.
Em 1718, novo projeto foi lançado, tendo a Sé cedido os terrenos necessários à abertura da praça. Novas ruas foram então também rasgadas, entre as quais a Rua do Laranjal das Hortas (hoje desaparecida) e a Rua da Cruz (atual Rua da Fábrica).
Da concretização deste projeto resultaria a Praça Nova, limitada a norte por dois palacetes onde, entre 1819 e 1915, funcionaram os Paços do Concelho; a oriente pelo Convento dos Congregados; a sul por um tramo da Muralha Fernandina, destruído em 1788 para dar lugar ao Convento de Santo Elói — só terminado no século XIX e atualmente chamado Palácio das Cardosas, e o lado poente, só mais tarde edificado.
A instalação do edifício da câmara municipal no local em 1819, a inauguração da Ponte de D. Luís em 1887, a extensão da via férrea até ao local em 1896, com a construção da Estação de São Bento, foram fatores decisivos para tornar a praça, no centro político, econômico e social da cidade do Porto.
Em 1916 foi demolido o edifício que serviu de paços do concelho, e ruas vizinhas, iniciando-se as obras de construção da ampla Avenida dos Aliados, ao cimo da qual foram construídos os modernos Paços do Concelho do Porto, amplo edifício em granito e mármore, projeto de 1920 do arquiteto Correia da Silva. A Praça da Liberdade ficou, assim, ligada à nova Avenida dos Aliados e à Praça do General Humberto Delgado, num conjunto urbano de grande monumentalidade e de particular interesse histórico e artístico.
No centro da praça destaca-se a estátua equestre do rei Pedro IV, inaugurada em 19 de outubro de 1866, e da autoria do escultor Célestin Anatole Calmels, onde representada pelo rei a cavalo empunhando a Carta Constitucional de 1826. No pedestal, em mármore, dois relevos em bronze representando o desembarque dos “Bravos do Mindelo” e a entrega do coração de D. Pedro à cidade. Mais abaixo, na base do pedestal foram colocadas duas placas com os nomes dos Mártires da Liberdade, enforcados no local em 1829.
A Praça da Liberdade sempre foi o ponto de encontro de muitos artistas, escritores e políticos que ali debatiam as suas ideias e defendiam as suas convicções.

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